MARROCOS

Sabe aquela viagem de sensações exóticas? O Marrocos é tudo isso e, literalmente, um pouco mais. Parte do mapa do continente africano, o país tem passeio de camelo, construções de pedra, alamedas cobertas de souks e palácios do sultão. As diferenças caminham em harmonia por aqui, mesmo que por ruas de um trânsito caoticamente organizado. A chegada ao Marrocos acontece na capital econômica Casablanca, que segue o perfil de grande cidade com ares mais urbanos – dos prédios residenciais ao complexo comercial Morocco Mall.

Deserto

Contudo, Casablanca é um lugar de contrastes, uma vez que seu contorno cosmopolita acolhe a Mesquita Hassan II que rememora a arquitetura árabe tradicional, numa sequência de grandezas. Segunda maior mesquita do mundo, a Hassan II conserva 40 fontes de mármore e uma sala de orações com capacidade para 20 mil pessoas. Aproximar-se das colunas da mesquita leva o olhar a descobrir a série de detalhes decorativos, e também destaca o mar Atlântico como pano de fundo para uma cena magnífica.

Mesquita Hassan II – Casablanca

Num tour ascendente, o Marrocos convida para Fez. A mais antiga capital imperial é um mergulho no passado. Com traços ora rústicos, ora luxuosos, a cidade abrigou a fundação da primeira universidade do mundo, e em sua face histórica inclui ruelas estreitas por onde se dividem os souks. Ali, entre uma via e outra, surgem feiras de alimentos, moradores locais transitando com animais e as típicas lojinhas de souvenires. Mas é também nos souks que você vive experiências diferentes como conferir os moradores que trazem suas massas de pão para serem assadas nos fornos públicos. Fez tem uma vida estrelada, com participação em filmes e novelas, como O Clone, quando o Curtume Chouara foi utilizado  para ambientar o romance de Jade e Lucas.

Souk

Souk

 

O curtume é o tipo de visita indicada para verdadeiros amantes do couro, já que o odor é forte, uma vez que tudo é manufaturado ali até se transformar em bolsas, cintos e jaquetas vendidos nos andares inferiores do curtume. Tombada Patrimônio Mundial pela Unesco, Fez tem uma atração para lá de imperdível: o Palácio Real. Não é permitido entrar no palácio, mas conferir as gigantes portas douradas e a fachada ornamentada valem a visita certamente. Dali, seguir para Rabat – a cerca de 200 km de distância – é uma escolha transformadora para novamente observar os contrastes marroquinos. Aqui – na capital e segunda maior cidade do Marrocos – o cotidiano tem desde o centro histórico tombado pela Unesco até o metrô de superfície.

Curtume

 

Casa da monarquia, Rabat tem pontos imperdíveis. Eles são visíveis na forma do centro histórico amuralhado, na Torre de Hassam, erguida a partir de 1195, e no Musée National de Bijoux. No clima de descobertas, a quatro horas de Rabat está a delicada Chefchaouen, que entrou no roteiro dos viajantes em virtude de sua característica principal: as casas, vielas e paredes azuis. A Medina, a Praça Uta Al-Hamman – repleta de restaurantes – e a experiência do hamman (banho árabe tradicional) também são imperdíveis. Contudo, nenhuma cidade é mais aguardada e obrigatória na viagem pelo Marrocos do que Marraquexe.

Torre Hassan

Chefchaouen

A fama não é à toa. Marraquexe é mais luxuosa das cidades marroquinas. Por aqui tudo reverencia a grandeza. São ruas largas, palácios, milhares de carros e motos em trânsito caótico, palmeiras enormes e hotéis com a imponência de palácios. Chamada de a Cidade de Deus, a região dividida em 23 portões, flui entre os Palácios Bahia e El-Badi e a Madraça Ben Youssef, a mais importante do país. Porém, o clima turístico da Praça Jamaa el Fna é o mais esperado. Ali encontra-se de tudo um pouco, com espaço para comida de rua, encantadores de serpentes e especiarias. À distância de uma curta caminhada, os souks se apresentam para a alegria dos consumistas.

Souks Marrakech

Os souks se popularizaram durante a produção do filme Sex and the City 2, e o passeio por aqui é delicioso, incluindo a arte de pechinchar com os vendedores e as comprinhas de lenços, luminárias, tagines, sapatos e temperos. A gastronomia é assunto sério por aqui, e aventurar-se nos sabores da tajine, do cuscuz e kaftas é sensacional. No fim de tarde, os turistas apreciam os Jardins Majorellle com inúmeros cactos, plantas exóticas e árvores. Para as viajantes com disponibilidade de investimento, a estadia no La Mamounia é irretocável. Um dos hotéis mais luxuosos do país, o La Mamounia foi construído numa área que abraça 15 hectares de jardins preservados e, originalmente, foi um presente do sultão Sidi Mohammed Ben Abdellah para seu filho.

Souk sapato

 

Souk tempero

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